A marcha dos bibliotecários
Todos os anos milhares de machos e fêmeas bibliotecários reunem-se em multidões nos locais mais inóspitos do planeta. Percorrem milhares de kilómetros numa saga maravilhosa que se repete à milénios e da qual depende a preservação da própria espécie. A forma como reconhecem o local da grande reunião permanece envolta em mistério, embora empreendam a viagem suportando um sol intenso e temperaturas baixíssimas, não numa demanda de alimentos ou do par perfeito para acasalamento (embora tal vicissitude também possa ocorrer), mas em busca do santo gral do conhecimento e do trabalho em rede. Para interagir utilizam técnicas distintas como beber café em pequenos grupos, fumar e contar pequenas piadas. Os comportamentos destas pobres criaturas seguem determinados padrões estabelecidos. Muitas vezes enquanto o macho espera no deserto ou no buffet, a fêmea parte para mais uma comunicação. Quando retorna exausta é ele que parte para outra comunicação ou mesa redonda. Tudo isto ocorre num espaço curto de tempo. Antes da dispersão final do grupo, que voltará a reunir-se na próxima primavera, há sempre lugar a uma última reunião entre todos...
Ideia roubada impunemente aos colegas da ALA (American Library Association) em «The march of the librarians»
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