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Extra…! Extra!... Saiu o Mesinha de Cabeceira 200!... 200?... Bom na verdade saiu o número 20, mas como «os fanzines são [por natureza] mentirosos», o que provoca stress pós traumático aos catalogadores (ou editores de metadados se quisermos ser mais moderninhos), temos simplesmente de nos conformar com o facto.
Editado pela Associação Chili Com Carne este número apresenta uma ligeira alteração / adição ao título (fenómeno que os especialistas em publicações periódicas já estão mais habituados). O título «Mesinha de cabeceira» apresenta-se desta feita com a designação «Mesinha de cabeceira popular» o que se explica pelo facto de ser um número especialmente dedicado à cultura popular («Pop culture») do séc. XX e início do séc. XXI. Segundo o seu editor Marcos Farrajota: «o objectivo é fazer uma reflexão sobre a cultura popular: os seus ícones, mediatização e globalização».Neste número, verdadeiramente internacional, participam autores de todos os quadrantes europeus e norte-americanos como Eric Braün (Canadá), Claudio Parentela (Itália - autor da capa), Jano (Galiza), Jacob Klemencic (Eslovénia), Brian Chippendale (EUA), Stijn Gisquiere (Bélgica), Katharina Hausladen & Dice Industries (Alemanha), Tommi Musturi (Finlândia) e os protugueses Filipe Abranches, João Chambel, João Maio Pinto, Marte & JCoelho, S.G. & José Feitor, a norueguesa residente em Portugal Monia Nilsen (com um exercício realizado na Ar.Co), Nuno Duarte & Pepedelrey, André Lemos, Pedro Zamith e Joana Figueiredo e a norueguesa residente em Portugal Monia Nilsen (com um exercício realizado na Ar.Co).
BEWARE LIBRARIANS!
Preparem-se no entanto, caros colegas, pois este fanzine é altamente impróprio para cardíacos ou para quem está habituado às revistas cor-de-rosa género «Barbie and Ken magazine»! Trata-se de um objecto de arte em bruto. Uma espécie de free jazz de alguns dos melhores ilustradores de BD contemporânea. Ouvi inclusivamente alguém dizer que era o expressionismo aplicado à BD. Gostei (não da frase anterior, que na verdade não entendi!) mas da piscina do Filipe Abranches; dos cartazes cinematográficos do João Chambel em co-autoria com o poeta Bocage; dos senhores política, depressão e reforma do André Lemos, dos insectos ou icons da cultura popular “executados” pela Joana Figueiredo, do Mega Men, esse novo super-herói, do Pepdelrey e do Nuno Duarte, dos totems ou monstros telemóvel, automóvel, arma automática parabólica ou televisão que não percebi de quem eram (autor anónimo?) e das caras e t-shirts ilustradas pela Katharina Hausladen & Dice Industries. Força Marcos e obrigado pelo presente.
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