domingo, agosto 02, 2009

Crítica ao programa eleitoral Sócrates 2009-2013

Ilustração Mariette Tosel

Numa rápida pesquisa do termo “bibliotecas” no «Programa de Governo do Partido Socialista: avançar Portugal» verificamos que esta palavra ocorre em poucas situações e todas elas no capítulo II referente ao conhecimento e cultura. Assim neste programa o papel das bibliotecas em matéria de coesão social ou de maior participação na vida comunitária fica, na minha opinião, ausente.

Em relação às bibliotecas públicas municipais encontrámos apenas uma ocorrência:

«Neste sentido, o Governo do PS:

• Continuará a apoiar a expansão da rede de bibliotecas de todos os municípios, o desenvolvimento das bibliotecas escolares e o Plano Nacional de Leitura
».

Daqui podemos deduzir que em sede de LEITURA PÚBLICA não há margem para grande inovação. As atribuições do governo central parece que continuam circunscritas à edificação de imóveis. Falar em “REDE NACIONAL” quando o governo central apenas investe na construção de edifícios continuará a ser puro eufemismo.

Ainda não é desta que vemos uma proposta arrojada para uma rede nacional de leitura pública. Uma proposta que permita caminhar no sentido, por exemplo, de um:

  • Catálogo único;
  • Empréstimo inter-bibliotecas à escala nacional;
  • Compromisso de renovação das colecções a uma taxa média de 5% ao ano;
  • Serviço de aquisições central;
  • Programa de avaliação do desempenho comum.

Snif!