domingo, março 22, 2009

Para mais informações dirija-se ao magnífico e intrépido blogue Rato de Biblioteca.

quinta-feira, março 19, 2009

Serviço de aquisições

«Do autor basco Javier de Isusi, sobre uma aldeia, La Realidad, em pleno coração do zapatismo em Chiapas, onde convivem indígenas e europeus "solidários”. Mas a realidade de La Realidad não é só isso. La Realidad é um jogo de espelhos no qual se vêem e ocultam militares, zapatistas, antiglobalizadores bem-intencionados, fãs do subcomandante Marcos e pequenos sonhadores com delírios de grandeza». In: www.bedeteca.com
O livro promete.

ISUSI, Javier – O cachimbo de Marcos. Porto: Asa, 2009
Sala de adultos. Estante: banda desenhada

Serviço de aquisições

Por mais 14 € saiu hoje nas bancas, juntamente com o Público, uma BD inédita do Enki Bilal. Uma edição de luxo que surge como o quarto título referente à tetralogia “Monstro” (de que fazem parte “O Sono do Monstro”, 1; “32 de Dezembro”, 2; “Encontro em Paris”, 3 e “Quatro?”, 4). Editado pela Asa e pelo Público “Quatro?” é uma história sobre três orfãos de Sarajevo perdidos pelos quatro cantos do mundo. Uma narrativa sobre a desintegração da Jugoslávia, terra natal do autor. Uma banda desenhada que ainda não me decidi a comprar ou esperar que chegue às bibliotecas?... Comprar ou não comprar? Eis a questão.

BILAL, Enki – Quatro?. Lisboa: Público; Asa, 2009.
Sala de adultos. Estante: banda desenhada

Serviço de aquisições

Mais um livro de viagens do Guy Delisle (Quebec, 1966). Mais um livro sobre o extremo oriente. Depois de «Pyongyang» (Coreia do Norte) e de «Shenzhen» (China) eis-nos perante «Chroniques Birmanes», que nos relata um ano e tal numa das mais ferozes ditaduras da actualidade: a União Mianmar, ou Birmânia para os amigos. Uma estadia prolongada para acompanhar sua mulher, destacada pelos médicos sem fronteiras, para aquela região do sudoeste asiático. Uma visão ocidental (na perspectiva de um francófono), intima, despreocupada (de um jovem pai com uma cultura e experiência de vida interessantes) e aparentemente inocente. Um registo autobiográfico onde, pequenos pormenores supostamente insignificantes e, por vezes, carregados do humor, nos ajudam a abrir os olhos face à dura realidade. Ah! Esquecia-me. O livro é em banda desenhada. Não que isso importe.

Uma grande leitura de fim-de-semana, disponível para empréstimo domiciliário em qualquer biblioteca pública francófona, anglófona ou hispânica… (ou se quiserem muito eu também empresto…)
DELISLE, Guy – Chroniques birmaines. Delcourt, 2007. ISBN: 978-2756009339
Sala de adultos. Estante: banda desenhada

quarta-feira, março 18, 2009

Solução Final para o Problema dos Livros sem Interesse nas Bibliotecas

Rosenheim, Baviera 12 de Dezembro de 1941. Reunião secreta do Reichssicherheitshauptamt (Serviços de Segurança) preparatória da SOLUÇÃO FINAL PARA O PROBLEMA DOS LIVROS REPETIDOS E SEM INTERESSE nas Bibliotecas Públicas do III Reich. Estão presentes o SS-Obersturmbannführer Adolf Eichmann, o SS-Reichbiliothekar Adalbert Koehne e Reichführer Heinrich Himmler, em pessoa, que tem em seu poder uma ordem expressa de Adolf Hitler.

HIMMLER – O Fuhrer deu-me ordem para que se proceda à Solução Final para o Problema dos Livros Repetidos e Sem Interesse para os Utilizadores. Nós, os SS, somos os encarregados de levar a cabo esta ordem. A si incumbe-lhe esta tarefa dura e penosa!
KOEHNE – A quem? A mim?
HIMMLER – Não idiota. A mim. Ele disse-me a mim. Estava apenas a utilizar as palavras do Fuhrer no discurso directo.
KOEHNE – Ah!
EICHMANN – Nós bem os avisámos Reichfurer. A inexistência de uma política de gestão das colecções iria conduzir ao Holocausto. Mais de 6 milhões de livros estão neste momento em mau estado. Não podemos sentir compaixão em relação eles. Se não os exterminarmos agora irão, mais tarde ou mais cedo, contaminar as restantes e grandiosas colecções alemãs. Não compete a nós sentir simpatia para com estes miseráveis livros.
HIMMLER – Exactamente mein herren! Devemos, apenas, sentir apreço pelo LIVRO ALEMÃO. Na frente de leste já desapareceram mais de 160.000 livros de folclore e gastronomia alemã. Se for necessário faremos pagar o preço desta catastrofe, com o SACRIFÍCIO DE 6 MILHÕES DE LIVROS REPETIDOS E SEM INTERESSE.
EICHMANN – Boa!
KOEHNE – Mas, mein Reichfuhrer, nem todos os livros estão em mau estado. Alguns até são muito novos. Foram editados há menos de 10 anos.
HIMMLER– Nada de sentimentalismos Adalbert! Esses livros estão há mais de 5 anos nas estantes em livre acesso sem um único check out! Nunca foram emprestados.
EICHMANN – Além do mais já começámos a construir três belos e enormes fornos para o extermínio em Sachsenausen, Buchenvald e Dachau.
KOEHNE – E as populações? O que vão dizer? Durante anos quiseram ajudar as bibliotecas doando livros repetidos e em mau estado, pensando que iríamos guardar, preservar e até restaurar para sempre. Como vão reagir quando souberem que estamos a abater os livros que ofereceram. Provavelmente vão revoltar-se.
EICHMANN – Já pensámos nisso caro Adalbert. Os livros serão transportados para Sachsenausen, Buchenvald e Dachau em comboios de contentores de gado fechados. Se ainda assim as populações desconfiarem de alguma coisa, diremos que se trata de um programa de desinfestação de vermes bibliófagos. Mas não se preocupem. Conheço a natureza humana. Ninguém vai reagir.

sábado, março 14, 2009

Breaking news

Um grupo de bibliotecários e profissionais da informação com responsabilidades em matéria de “Gestão de Depósitos Sem Condições e Ofertas Parvas de Livros a Bibliotecas”, acabaram de propor à Santa Sé a canonização dos imperadores Lao Tsé, Júlio César, Nero, Gengis Khan, Califa Omar e Napoleão, pelos bons serviços prestados à humanidade em matéria de “abate de espécies”.
Sugestão de leitura para o fim de semana: «The universal history of the destruction of books».

sexta-feira, março 13, 2009

Serviço de aquisições

Uma agradável surpresa esta banda desenhada que nos conta os dias cinzentos de Victor, um jovem génio da matemática, que subitamente descobre a fórmula da felicidade. Não uma fórmula mística, existencial ou filosófica, mas uma fórmula matemática. Uma equação gigantesca cheia de números e logarítmos que só de olhar para ela nos cobrimos de felicidade. Uma BD em breve disponível aos lisboetas (com calma e um de cada vez... porque só temos um exemplar) nas estantes da Bedeteca e das BLX.

DUARTE, Nuno; MEDINA, Osvaldo; FREITAS, Ana – A fórmula da felicidade. Lisboa: Kingpin Books, 2009.
Sala de adultos. Estante: banda desenhada