Querido diário,

O blogue sobre bibliotecas com o rating mais baixo da Moddy's


Ilustração de Pedro Brito
Hoje fui à Casa da BD, no Mercado da Feira da Ladra, com o objectivo de oferecer ao Filipe algumas mangás do Naruto, a título de prémio pelo bom desempenho na escola.
Filipe – Sabes Adalberto, nós temos um segredo.
Adalberto – Um segredo?
F – Sim, um segredo. Só nós é que sabemos onde se compram livros do Naruto em português.
A – Só nós? Porquê só nós?
F - Porque os meus colegas querem todos saber onde se compra e eu não digo. Eles perguntam, perguntam, perguntam e eu NÃO DIGO NADA!
A – QUEREM COMPRAR E TU NÃO DIZES NADA! PORQUÊ FILIPE?
F – Porque se eu disser eles vêm cá comprar tudo e eu fico sem nenhum livro.
A – Mas isso é absurdo Filipe. Se a loja vender tudo manda vir mais. E, por outro lado, se formos os únicos clientes da loja “ela” não ganha dinheiro suficiente e acaba por ter de fechar. E assim é que ficas mesmo sem Naruto nenhum. Quem tudo quer tudo perde!
F – Hum… JÁ SEI! E se viermos à loja TODOS OS DIAS?

Numa bela manhã Hiroshi Nakahara, um viajante de negócios, embarca por engano no comboio expresso que o conduz à sua cidade natal. Ao chegar, meio perplexo, acaba por se dirigir ao cemitério para visitar o túmulo de sua mãe, sendo inexplicavelmente transportado no tempo para a sua adolescência. Tal como no filme o “Feitiço do Tempo” de Harold Ramis, Hiroshi encontra-se preso no tempo. Não no mesmo dia consecutivamente como Bill Murray, mas de regresso a 1963 (34 anos antes), ano em que tem 14 anos, mas agora com maturidade adulta e conhecimento dos acontecimentos que se irão suceder como o misterioso desaparecimento de seu pai, que irá tentar evitar.
Autobiografia em que a autora expõe os traumas de sua infância e adolescência confrontada com a descoberta da sua sexualidade gay e com a difícil relação com o pai, Bruce Bechdel, professor de inglês, severo disciplinador, meticuloso jardineiro e carpinteiro e, sobretudo, homossexual não assumido.