segunda-feira, abril 30, 2007
«Notas para uma história de guerra». Quando requisitei o livro na Bedeteca pensei que se tratava de um romance gráfico com uma guerra «a sério» como pano de fundo. Engano meu!... No entanto existe uma situação guerra presente no guião. Mas trata-se de uma guerra imaginária, travada algures em França ou na Itália nos nossos dias (ou num futuro muito próximo?). O ambiente será talvez idêntico aos Balcãs ou à Palestina mas não se sabe quem são os contendores, os ideais, etc… De qualquer forma a guerra não é o assunto principal do livro, mas antes o quotidiano de três jovens marginais e os seus expedientes de sobrevivência…
GIPI – Notes pour une histoire de guerre. Arles : Acte Sud, 2005. 96 p. il. banda desenhada.
Ficção - Sala de adultos
O blogue do Congresso
Maio, maduro Maio. Viva o dia do bibliotecário trabalhador! Viva!... A propósito sabiam que a Biblioteca do Congresso lançou o seu próprio blogue?... O LOC BLOG. Depois de passarmos anos, décadas, senão mesmo carreiras inteiras consagradas a copiar a catalogação (latu sensu) da Mãe de Todas as Bibliotecas podemos FINALMENTE copiar posts para os nossos grandiosos blogues. HURRA!...
sexta-feira, abril 27, 2007
Este maldito bibliotecário hoje resolveu conspurcar o blog da minha querida Luísa Alvim
(when literature meets comics)
O post de hoje está em:
quinta-feira, abril 26, 2007
Serviço de aquisições
Esqueçam o Astérix! Os putos já estão noutra onda… Estou a “falar” de um shonen mangá (rapazes adolescentes) em 37 volumes (8 €) cada um com cerca de 200 páginas a preto e branco. Editado em Espanha pela editora Glénat é um épico sobre a liga japonesa de futebol (ficção) que os miúdos adoram ver na televisão. Ao todo será um investimento de cerca de 300 € para a biblioteca, mas pela taxa de adesão prevista afianço já que será um óptimo investimento… QUEREM OU NÃO QUEREM HABITUAR OS PUTOS A LER!!!???... repito… A LER!...
E em simultâneo aprendem espanhol pelo que já ficam com a vida facilitada quando mais tarde quiserem emigrar para um país desenvolvido.
«Oliver, Benji… são os manos da bola
Benji, Oliver… vão fazer escola…
Oliver Benji… o futebol é uma paixão…»
E em simultâneo aprendem espanhol pelo que já ficam com a vida facilitada quando mais tarde quiserem emigrar para um país desenvolvido.
«Oliver, Benji… são os manos da bola
Benji, Oliver… vão fazer escola…
Oliver Benji… o futebol é uma paixão…»
TAKAHASHI, Yoichi – Capitán Tsubasa : las aventuras de Oliver y Benji. Barcelona : Glenat, 2004- .ISBN: 84-8449-242-7.
segunda-feira, abril 23, 2007
Serviço de aquisições: sala infanto-juvenil
No Japão e na maioria dos países ocidentais a promoção da leitura entre as crianças e adolescentes menos propensos à leitura (por uma variedade de factores e causas distintas) é feita através de uma aliança sacro santa entre o áudio visual (televisão e jogos de vídeo) com o formato livro. Não há dúvida que é muito mais fácil pôr alguém em contacto com o livro (the dead tree media – adoro escrever isto!) quando este lhe traz referências ao seu apaixonante universo audiovisual. Isto é básico e até um imbecil como eu o entende.
Em Portugal, desgraçadamente, essa aliança não existe (o que constitui uma oportunidade para quem quiser montar negócio no sector livreiro), de qualquer forma as bibliotecas têm à sua disposição um vasto catálogo de edições espanholas com os heróis preferidos dos nossos putos.
É o caso da interessante gegika (mangá infantil) Doraemon, criado em 1969. Trata-se da saga de um gato cósmico que veio do século vinte e dois com o propósito de ajudar Nobita, um miúdo invejoso, preguiçoso e sem interesse pelos estudos, a ultrapassar os seus problemas (cá está o fixação japonesa com o trabalho…) graças aos poderes do seu bolso mágico. O sucesso do Doraemon em Portugal deve-se ao facto de estar a passar actualmente no Canal Panda. Aproveitem pá!... Responsabilizo-me pessoalmente pelo investimento e declaro publicamente que CORTO O MEU BIGODE se o livro não tiver uma taxa de empréstimo superior a 10 X por ano…
Fujiko, Fujijo – Doraemon. Planeta de Agostini, 2005- . 10 vol.
Em Portugal, desgraçadamente, essa aliança não existe (o que constitui uma oportunidade para quem quiser montar negócio no sector livreiro), de qualquer forma as bibliotecas têm à sua disposição um vasto catálogo de edições espanholas com os heróis preferidos dos nossos putos.
É o caso da interessante gegika (mangá infantil) Doraemon, criado em 1969. Trata-se da saga de um gato cósmico que veio do século vinte e dois com o propósito de ajudar Nobita, um miúdo invejoso, preguiçoso e sem interesse pelos estudos, a ultrapassar os seus problemas (cá está o fixação japonesa com o trabalho…) graças aos poderes do seu bolso mágico. O sucesso do Doraemon em Portugal deve-se ao facto de estar a passar actualmente no Canal Panda. Aproveitem pá!... Responsabilizo-me pessoalmente pelo investimento e declaro publicamente que CORTO O MEU BIGODE se o livro não tiver uma taxa de empréstimo superior a 10 X por ano…
Fujiko, Fujijo – Doraemon. Planeta de Agostini, 2005- . 10 vol.
Serviço de aquisições
Um divertido diário gráfico (responsável pelas gargalhadas isoladas que não contive na viagem de regresso a Lisboa) com pedaços da vida de um dos mais simpáticos autores de banda desenhada mundial – o asturiano Angél de la Calle. São slices of life em que o autor nos conta as suas múltiplas peripécias nos festivais e encontros culturais em que vai participando, desde a conclusão do livro “Modotti” cuja relação com a personagem se mantém bem viva, as evasivas fabulosas do seu amigo Paco Inácio Taibo (uma espécie de sidekick character), o grande novelista mexicano radicado em Gijón e que é em simultâneo o maior impulsionador da Semana Negra. Os seus livros preferidos, filmes, as suas convicções de esquerda e paixões (como Pablo Picasso, Jean Paul Sartre). Tal como Angél confessa, o diário teve como base de inspiração os diários gráficos de Johann Sfar (outro grande autor de banda desenhada) e na minha opinião a sua leitura deve ser feita depois de lermos «Modotti : uma mulher do século XX». Não há no livro nenhuma referência a Nanni Moretti mas, não sei porquê, o livro fez-me lembrar um pouco o delicioso motoqueiro italiano.
CALLE, Angél de la – Diário de Festival. [Gijón] : Dentro, 2006. – 1 vol.
terça-feira, abril 17, 2007
Rambla pa'qui rambla pa'llá esa es la rumba de Barcelona
Ilustração Miguel Gallardo
Por motivos que nos são totalmente alheios este blogue encontra-se temporariamente interrompido. Bem, na verdade o computador em casa «pifou»… e o local de trabalho não reúne as melhores condições para prosseguir a emissão.
Em todo o caso, nos últimos dias, deveriam ter dado entrada diversos posts, designadamente de agradecimento ao Manuel Barreto Nunes (Braga) que teve a gentileza de me oferecer o seu livro «Da biblioteca ao leitor», ao gang dos blogues e à sua infinita paciência para me aturar com uma especial dedicatória à Luísa Alvim (Famalicão) a quem devo um texto sobre o Congresso para o blogue «Viva a biblioteca viva»…; ao Nuno do site www.bdsenhada.com que apesar de publicar textos meus ainda não foi censurado (e que fez um anito), uma lembrança à Feira Laica que vai ocorrer (ou ocorreu, já nem sei… em Oeiras), à minha mulher, à minha mamã e ao meu hamster que mantêm o meu ego para cima com as suas trezentas visitas diárias ao meu blogue (embora o neguem constantemente)…
… e sobretudo aos meus sogros (é vero!) pois graças à sua generosidade (…ou será que se queriam ver livres de mim?) sigo amanhã para Barcelona onde vou aproveitar o 25º Salão Internacional del Comic de Barcelona para torturar impiedosamente «nuestros hermanos» bibliotecários de españa con una pequeña conversasión [en el peor galaico-portuñol de siempre] sobre el cómic y la promoción de la lectura en la ciudad de Lisboa… creo mismo que la tomatina vai a empezar mas tempranito este año!...
Vou também conhecer finalmente o Jesus Castillo Vidal (Madrid) e o Angel de la Calle (Gijón), rever o David Cuadrado e (eventualmente) o Jordi (Barcelona)… Cool
Por motivos que nos são totalmente alheios este blogue encontra-se temporariamente interrompido. Bem, na verdade o computador em casa «pifou»… e o local de trabalho não reúne as melhores condições para prosseguir a emissão.
Em todo o caso, nos últimos dias, deveriam ter dado entrada diversos posts, designadamente de agradecimento ao Manuel Barreto Nunes (Braga) que teve a gentileza de me oferecer o seu livro «Da biblioteca ao leitor», ao gang dos blogues e à sua infinita paciência para me aturar com uma especial dedicatória à Luísa Alvim (Famalicão) a quem devo um texto sobre o Congresso para o blogue «Viva a biblioteca viva»…; ao Nuno do site www.bdsenhada.com que apesar de publicar textos meus ainda não foi censurado (e que fez um anito), uma lembrança à Feira Laica que vai ocorrer (ou ocorreu, já nem sei… em Oeiras), à minha mulher, à minha mamã e ao meu hamster que mantêm o meu ego para cima com as suas trezentas visitas diárias ao meu blogue (embora o neguem constantemente)…
… e sobretudo aos meus sogros (é vero!) pois graças à sua generosidade (…ou será que se queriam ver livres de mim?) sigo amanhã para Barcelona onde vou aproveitar o 25º Salão Internacional del Comic de Barcelona para torturar impiedosamente «nuestros hermanos» bibliotecários de españa con una pequeña conversasión [en el peor galaico-portuñol de siempre] sobre el cómic y la promoción de la lectura en la ciudad de Lisboa… creo mismo que la tomatina vai a empezar mas tempranito este año!...
Vou também conhecer finalmente o Jesus Castillo Vidal (Madrid) e o Angel de la Calle (Gijón), rever o David Cuadrado e (eventualmente) o Jordi (Barcelona)… Cool
Rambla pa'qui rambla pa'llá esa es la rumba de Barcelona…
segunda-feira, abril 09, 2007
Welcome to the dark side!
Oriundos de uma galáxia muito… muito… distante seis alienígenas anónimos encenaram uma FARSA SOBRE BLOGUES durante o famoso «BAD [PORTUGUESE] LIBRARIANS SOCIETY, 9TH CONGRESS». O momento foi capturado pela objectiva dum corajoso fotógrafo insular, que registou claramente a presença dos não menos intrépidos e facilmente identificáveis Maria José Amâncio, Bruno Eiras e Gaspar Matos - três pobres mortais da Biblioteca Pública de Oeiras, que ousaram enfrentar estas tenebrosas criaturas. Entretanto parece que os pérfidos e malévolos aliens planeiam uma nova conspiração, agora de dimensões verdadeiramente catastróficas na pacata cidade de Vila do Conde (norte de Portugal)… «Um Congresso Internacional de Weblogs e Bibliotecas», with even worse librarians than the BAD ones…
BE WARE!...
BE WARE!...
© “Bad Librarians Society” é uma expressão cujos royalties revertem para o Fernando Vilarinho, até prova em contrário.
A marcha dos bibliotecários
Todos os anos milhares de machos e fêmeas bibliotecários reunem-se em multidões nos locais mais inóspitos do planeta. Percorrem milhares de kilómetros numa saga maravilhosa que se repete à milénios e da qual depende a preservação da própria espécie. A forma como reconhecem o local da grande reunião permanece envolta em mistério, embora empreendam a viagem suportando um sol intenso e temperaturas baixíssimas, não numa demanda de alimentos ou do par perfeito para acasalamento (embora tal vicissitude também possa ocorrer), mas em busca do santo gral do conhecimento e do trabalho em rede. Para interagir utilizam técnicas distintas como beber café em pequenos grupos, fumar e contar pequenas piadas. Os comportamentos destas pobres criaturas seguem determinados padrões estabelecidos. Muitas vezes enquanto o macho espera no deserto ou no buffet, a fêmea parte para mais uma comunicação. Quando retorna exausta é ele que parte para outra comunicação ou mesa redonda. Tudo isto ocorre num espaço curto de tempo. Antes da dispersão final do grupo, que voltará a reunir-se na próxima primavera, há sempre lugar a uma última reunião entre todos...
Ideia roubada impunemente aos colegas da ALA (American Library Association) em «The march of the librarians»
Breaking news from the Spooky Library
A Biblioteca de Manchester, Connecticut ficou manchada de sangue. Um rapaz de 21 anos auto proclamou-se VAMPIRO e para provar a sua condição de Drácula feriu com a unha da mão duas raparigas menores.
Extra! Extra!... Read all about it!..
segunda-feira, abril 02, 2007
A grande invasão
Terminado o 9º Congresso dos Bibliotecários e Arquivistas a cidade de Ponta Delgada (Açores) regressa à normalidade. Durante 3 dias as suas ruas, praças e explanadas foram literalmente tomadas de assalto por centenas de bibliotecários e arquivistas arruaceiros entoando cânticos («OLÉ, OLÉ… E QUEM NÃO SALTA É ILETRADO!... OLÉ, OLÉ…»). Embora tenham sido registados alguns desacatos menores entre grupos rivais de «Bibliotecários Ultras» e de «Insane Archivists» os estragos foram prontamente resolvidos e qualificados como “incidentes isolados” pelas autoridades locais, que ainda assim tiveram de recorrer à detenção de três membros mais radicais que habitualmente acompanham estes congressos, conhecidos pelos alcunhas (“Bokish Crap”, “Abate de Espécies” e “Arquivo Morto”). O Hospital de Ponta Delgada, por seu turno, também registou diversas entradas na sua Unidade de Cuidados Intensivos designadamente por excesso de consumo de álcool. Parcialmente satisfeito com a invasão ficou o sector do comércio, uma vez que a venda de cerveja disparou em flecha durante os dias do congresso. Agora é tempo de limpar a cidade e regressar à normalidade...