quarta-feira, maio 30, 2007

Bibliotecario escolar: conceito


MUNDO CIVILIZADO
Profissional habilitado e com formação específica em Biblioteconomia e Ciências da Informação. Apto a gerir a organização, o tratamento, pesquisa e recuperação da informação bem como os serviços específicos de atendimento, promoção de hábitos de leitura e satisfação de necessidades de informação à população escolar (crianças, adolescentes e jovens adultos).

PORTUGAL
Pessoa com diversos handicaps de ordem física, psíquica ou emocional, temporários ou definitivos e que não serve para trabalhar em mais lado nenhum. A título de exemplo um professor que insulte o primeiro ministro e que em consequência disso lhe seja instaurado um processo disciplinar é-lhe imediatamente concedido o título.

O blogue pessoal-profissional como escape terapêutico = Silly library blogs worldwide

Ilustração de Mareike Engelke sacada ao «Beco das Imagens»

Autor: «O bibliotecário anarquista»
Lido por: «A biblioteca de Jacinto»

Resumo

O bibliotecário blogueiro tornou-se, nos últimos tempos, uma personagem bastante familiar. Que os bibliotecários blogam, parece ser um facto. Mas o motivo porque o fazem é que permanece um mistério insondável. Alguns autores (que percebem mesmo do assunto) sugerem que as pessoas criam blogues por vários motivos, nomeadamente: para mostrar a sua individualidade, para satisfazer a necessidade humana de partilha ou simplesmente para alimentar e satisfazer o ego.
E sobre o quê?... No domínio das Ciências da Informação em geral parece que alguns profissionais criam blogues para partilhar o seu conhecimento; outros porque querem expor as suas preocupações profissionais; outros, ainda, escrevem porque querem revelar os seus hobbies ou as suas preocupações pessoais e outros (onde me incluo) por NADA EM ESPECIAL. Assim, a presente apresentação… tem por objectivo divulgar alguns blogues e sites sobre «nada em especial na nossa área» que pretendem “escapar” à dura realidade profissional através da subversão, do disparate e do humor.

I – Introdução

No quente mês de Agosto de 641 d.C. o intrépido conquistador muçulmano ibn Amir deteve-se por algumas semanas na famosa Biblioteca do Palácio dos Ptolomeus [1], em Alexandria, num estado visivelmente exausto (pois tinha acabado de conquistar o Egipto) e não menos intrigado.
- O que pensa fazer a estes tesoiros reais, saib? O que pensa fazer com todos estes livros de sabedoria? Murmurou timidamente Abbaddi, o seu devoto escudeiro.
- Não sei fiel Abbaddi. Retorquiu Amir. – Mas que estas capinhas dos livros davam umas excelentes botas para os meus soldados, ai isso davam!...

Na Silly Season de 2005 em Lisboa, precisamente 1364 anos depois dos terríveis eventos relatados no parágrafo anterior, um desconhecido bibliotecário navega na Internet e ao tentar fazer um infeliz comentário a um blogue dum amigo, cria por engano um blogue perfeitamente catastrófico denominado «O bibliotecário anarquista».

«COINCIDÊNCIA?... É bem possivel que sim» [2].

II – Desenvolvimento

Datam, ao que parece, de 1998 d.C e podem ser apenas uma nova faceta da World Wide Web, sem grandes repercussões. Weblogs, blogs, blogues, blogosfera, bloguers, blogueiros... mais palavras para o nosso infinito vocabulário, que representam novas actividades, novas formas de comunicar ou novas fontes de informação.

Em todo o caso Marion Salzman, pesquisadora de futuras tendências profissionais, detectou em 2003 que a blogosfera tomou de assalto a opinião pública. 2003 foi, também (por coincidência), o ano em que o bloguer de Bagdad, Salam Pax (warbloguer = bloguer de guerra), forneceu uma reportagem mediática alternativa (com grande impacto internacional) à imprensa mainstream ocidental sobre a invasão do Iraque [3].

Antes disso, em 2002 os periódicos Time Magazine, The Times e outros tinham proclamado que os blogues seriam «the thing of the future»[4]. Depois disso chegou-se a temer que os blogues iam acabar de vez com a imprensa tradicional.

Dependendo do ponto de vista, os blogues podem ser vistos como um dos mais importantes ou como um dos mais idiotas fenómenos da Internet nos últimos anos. É um prodígio que tem gerado em simultâneo um batalhão de defensores e outro de detractores. Para uns a blogosfera conferiu às pessoas um novo poder que consiste precisamente na faculdade de “todos” passarem a dispor de meios para partilhar as suas ideias com o mundo. Para outros os blogues são indulgentes, inúteis, interessam apenas a pequenos grupos de pessoas e vêm tornar ainda mais difícil a tarefa de pesquisar e encontrar informação fidedigna na Web. Se analisarmos detalhadamente esta última parte da frase “tornar ainda mais difícil a tarefa de encontrar informação na Web” apercebemo-nos claramente que os blogues podem ser “a chave” para a sobrevivência da profissão de bibliotecário, pois vêm aumentar o caos na net, tornando a repor a nossa profissão no patamar de excelência donde nunca devia ter saído.

Parece assim que a corrida dos bibliotecários à blogosfera se pode encaixar num plano astucioso que tem por fim, em primeiro lugar incentivar o caos na Internet e de seguida CATALOGAR TUDO!... (uma vez que para se encontrar qualquer informação útil tem de se catalogar primeiro e isso é um trabalho para os Super Profissionais da Informação) GENIAL?!

Provavelmente por este motivo, o mêtier das bibliotecas e serviços de informação, aderiu à causa dos blogues por alturas de 2003 (outra coincidência cósmica!) e hoje pode-se afirmar com segurança que os weblogs são, uma ferramenta natural para os bibliotecários e profissionais da informação em geral e podem (para além de gerar um caos extraordinário na Internet), ser importantes fontes de opinião, comunicação, entretenimento e boa disposição.

Na nossa área podem os blogues ser criados por profissionais ou estudantes individuais, por bibliotecas e serviços de informação, por departamentos de Biblioteconomia, Ciências Documentais ou Ciências da Informação e ainda por associações profissionais. Curiosamente, a audiência dos blogues é também composta por gente ligada às bibliotecas e aos serviços de informação [3]. Ele há coincidências?...

III – Porque é que as pessoas blogam?

Entramos perigosamente no domínio da psicologia, de qualquer modo Dvorak, colunista da PC Magazine (não o famoso compositor de música clássica do séc. XIX), não se conteve e sugere que os seus criadores são muito provavelmente escritores falhados que gostariam de ser famosos (webfamous) e que procuram sobretudo uma gratificação para o incomensurável ego ou expurgar as frustrações diárias [3], motivos que no caso do «Bibliotecário Anarquista» se verificam todos cumulativamente.

Na verdade criar um blogue não é difícil. O que é custa é mantê-lo e sobretudo mantê-lo (blogar) com qualidade, dizem os especialistas, pois o que não falta por aí são blogues medíocres, abandonados ou mortos. A este propósito Linabury e Scofield criaram um site de blogues mortos, que se intitula precisamente «Fucked Weblog», uma justa homenagem, segundo os autores, a uma empresa chamada «Fucked Company» [4]. Na verdade quando escrevi intitula deveria ter escrito intitulava pois o blogue que foi elaborado precisamente para matar todos os blogues na Internet acabou também por falecer prematuramente.

Num mundo em que virtualmente toda gente bloga é inevitável que a grande maioria dos blogues tenha pouco ou nenhum interesse. E isso será mau? Não sei. De qualquer modo a boa notícia é que na verdade ninguém tem de lê-los.

Contudo (e num raro momento de seriedade) creio que a questão nem se coloca ao nível de se lerem mais ou menos os blogues uns dos outros. O que importa é que as pessoas a partir do momento em que sintam o desejo de se expressarem, o possam fazê-lo. E na verdade os blogues são o mais extraordinário e apetecível convite à escrita (embora possam também ser fotográficos, desenhados, musicais ou videográficos) dirigido à humanidade. E ao fazê-lo, ao sentirem um impulso vertiginoso para escrever as pessoas acabam por realizar algo de tremendo e que tem sido pouco analisado. As pessoas acabam por ESCREVER com regularidade e ao que parece as pessoas ao escreverem todos os dias acabam por aperfeiçoar SIGNIFICATIVAMENTE as suas capacidades de escrita e sobretudo de... RACIOCÍNIO [4] e isto é absolutamente fantástico. É aqui, na minha modesta opinião, que pode residir a grande revolução da blogosfera.

Na verdade, não me interessa se os blogues são aborrecidos ou não. Não me interessa se são suficientemente chiques. Não me interessa também se são lidos ou não. O que me interessa é que enquanto profissional da informação estou a lidar com o outro lado da moeda da promoção de hábitos de leitura. Estou a lidar com a promoção de hábitos de escrita e estes podem ter um impacto ainda maior nas capacidades de raciocínio do indivíduo que os primeiros... e curiosamente no desenvolvimento pessoal e profissional das pessoas, maxime no desenvolvimento económico e social da sociedade. Estou a lidar com aquilo em que ainda acredito, tanto ao nível pessoal, profissional como ao nível da ingenuidade. Estou a acreditar numa sociedade mais justa, mais fraterna, mais solidária… e mais inteligente.

A Revolução será Catalogada! Viva a Revolução!
Lisboa, 29 de Maio de 2007
O Bibliotecário Anarquista

Lista de Silly weblogs a visitar

LISNews.com (Library and Information Science News)
Criado em Novembro de 1999 é um blogue colectivo e generalista coordenado por Blake Carver. Como resulta de um esforço de equipa consegue cobrir uma variedade de assuntos muito mais ampla que os blogues individuais. Possui um número considerável de secções sendo que as mais importantes são as de Humor Há ha haaa, Cartoons, Friday Funnies e Must read stories.
http://www.lisnews.com

Open Stacks
Trata-se de um blogue pessoal de Greg Schwartz (Kentucky) que consiste basicamente num diário pessoal sobre o dia-dia num pólo (library branch) e geralmente cobre assuntos como a censura nas bibliotecas, acesso à internet e aos meios informáticos, literacia da informação e casamentos.
http://openstacks.net/os

The Laughing Librarian
Criado em 1999 por Brian Smith este blogue contém sobretudo humor, odd stories, lendas da vida real (lunacies), notícias e links. Podem-se comprar t-shirts e outros produtos de merchandising.
http://www.laughinglibrarian.com/

The Warrior Librarian
Mais de “200 páginas” de humor bibliotecário bem estruturado, com notícias, controvérsia, humor, citações (incluindo em latim) e um com edição impressa em livro.
http://warriorlibrarian.com/

LISDB – La Imagen Social del Bibliotecario
Criado em 2006, Espanha - é um blogue com extensos posts bem humorados e ilustrados sobre “o lado mais estranho da nossa profissão” e que cobrem todo o tipo de temas desde inusitadas “Parades” em carinhos de livros de bibliotecas, à cinematografia onde aparecem bibliotecas e bibliotecários, passando por diversos aspectos da história da nossa profissão.
http://lisdb.blogspot.com



Bibliografía:

[1] BATTLES, Matthew – Library: un unquiet history. New York; London: W.W. Norton, 2003.

[2] GATO FEDORENTO – Série Fonseca [Documento electrónico]. Lisboa: Produções Fictícias, 2004.

[3] CLYDE, Laurel A. – Weblogs and libraries. Oxford; New Hampshire: Chandos, 2004.

[4] MANJOO, Farahad – Blah, blah, blah and blog. Wired. (2002). [Consult. 25 de Maio de 2007.] Disponível em WWW: http://www.wired.com/culture/lifestyle/news/2002/02/50443>

quarta-feira, maio 23, 2007

A não perder # 2


Seminário Direito de Autor e bibliotecas
29 de Maio
Biblioteca Municipal Orlando Ribeiro
Programa
Ficha de Inscrição

A não perder # 1

Escola Superior de Estudos Industriais e de Gestão, Vila do Conde
ESEIG
Tema: Web 2.0 na Ciência da Informação

terça-feira, maio 22, 2007

Super librarize me

Este post tem por objectivo responder ponto por ponto a um digníssimo comentário, perdido algures neste blogue, que se manifesta preocupado com a McDonaldização das Bibliotecas…

P.G. – «Meu caro amigo:
Creio que questão que coloca é da maior importância. Sob a cláusula do depósito legal, o Estado obriga os editores a oferecerem 13 exemplares (creio que é isso) que depois são distribuídos por algumas bibliotecas privilegiadas do país…»
Bibliotecário Anarquista – Embora existam algumas vantagens na recepção do Depósito Legal, creio que a maioria das bibliotecas depositárias não se consideram especialmente “privilegiadas” por receberem o dito depósito. Existem regras muito precisas da IFLA e da UNESCO para o serviço de aquisições e gestão das colecções nas Bibliotecas McDonalds (orçamentos face à população que as bibliotecas servem, critérios de selecção, livros em línguas estrangeiras para minorias étnicas, etc…) que as ofertas, doações e depósitos legais não só passam ao lado como criam problemas muitas vezes irresolúveis, designadamente em matéria de armazenamento. Para dar um pequeníssimo exemplo as Bibliotecas Municipais de Lisboa recebem por via do Depósito Legal toda a imprensa regional portuguesa. Faz sentido?... Há dinheiro para fazer face aos custos de armazenamento de toda esta documentação?...
P.G. – «A primeira lei é dos anos '30 (se não estou em erro) e a razão para tal prendia-se também com a salvaguarda da memória da produção bibliográfica impressa. Perante a perspectiva de bombardeamentos, catástrofes, terramotos, incêndios, etc., era uma forma expedita e barata para o Estado de salvaguardar essa memória e garantir essa função patrimonial. O que o Estado não faz é garantir condições de tratamento, de acessibilidade e, mesmo, de segurança dessa produção. E deveria fazê-lo, sob pena de estar a praticar a um roubo legal sobre os autores e editores. É também importante que existam espalhados pelo país bibliotecas com "depósito legal". As bibliotecas com valência patrimonial são as que mais interessam quando se pretende não apenas consumir "leitura" mas também "produzir cultura". Assusta-me a macdonaldização das bibliotecas que, no fundo, têm os livros que se podem comprar no supermercado da esquina ou na feira do livro. A eliminação de espólios (selecção) realizada em nome de um "saber actualizado" ou em critérios mais tecnocráticos como as "taxas de utilização" ou até mais comezinhos como a falta de pessoal e de estantes, pode conduzir, por exemplo, à eliminação (física ou por simples ocultação/depósito sem tratamento documental) dos primeiros textos do Miguel Bakunine, do Kropotkine, de Malatesta, de Durruti e do Abel Paz. Ou do Max Weber e do Carlinhos Marx. Ou do António Sérgio e da quantidade de livros que se produziram sobre o cooperativismo.
B.A. – Autores interessantes, utilizados porventura para sensibilizar a alma “anarquista”… de qualquer modo as 194 bibliotecas nacionais de todos os países do mundo já têm por missão salvaguardar as respectivas memórias nacionais e em Portugal as 308 bibliotecas municipais têm também por missão (para além de macdolnadizar a leitura) salvaguardar a memória local. Por outro lado parece-me também muito provável que soma de todas as memórias locais seja igual a uma memória nacional. Ora aí está uma interessante cópia de segurança sem custos irrealistas. Quanto à Mcdonaldização das bibliotecas, fiquei especialmente ENCANTADO com o conceito no dia em que passei à porta duma e assisti incrédulo a uma monumental birra dos meus filhos e sobrinhos porque queriam… ENTRAR NA BIBLIOTECA!...
É que lá dentro existiam: escorregas, pufs, almofadonas e pessoas muito divertidas e simpáticas a contar histórias… ao contrário da Biblioteca do amigo P.G. que está fechada porque tem apenas uma bibliotecária que naquele momento está ocupada a catalogar o nº 23 456 do «Jornal do Fundão»…
P.G. – «Dizia muito do meu país se houvesse manifestações porque a biblioteca da sua terra ou região não trata nem disponibiliza os livros que lhes oferecem».
B.A. – Creio que muda imediatamente de opinião no dia em que contabilizar no seu IRS o dinheiro torrado com a DUPLICAÇÃO ineficiente de tarefas no domínio da “preservação cultural”. Tal como não acredito que no seu orçamento privado compre dois ou três exemplares de cada livro, jornal, CD ou DVD e os guarde em locais diferentes da sua casa para salvaguardar o “património” em caso de catástrofe…
P.G. – «Quanto à promoção da leitura, que parece agora ser missão das bibliotecas, iremos ver os resultados... Eu gostaria que as bibliotecas promovessem a leitura da matemática, da física, da computação, da engenharia nos seus diversos ramos, das ciências sociais e políticas. Na verdade, elas deveriam ser um recurso público gratuito que elevasse os cidadãos como criadores de cultura e não apenas como consumidores dos letrados da moda».
B. A. – Parece-me pois que a MCDonaldização das bibliotecas constitui a melhor oportunidade de sempre para os livros fazerem concorrência ao próprio… McDonalds. Os nórdicos fizeram o teste nos anos 60 (transformaram as bibliotecas em supermercados de livros e multimédia gratuitos). Os ingleses MacDonaldizaram até os seus próprios museus nacionais e… so far não se têm dado muito mal!... Até atraem turistas estrangeiros…
Na minha insignificante opinião venerar a cultura prejudica-a mais do que a sua banalização…
Abraço,Adalberto

terça-feira, maio 15, 2007

É a reviravolta!...


Foto Otto Boehr

Este campeonato está viciado… oh Valentim Livreiro da treta!... Lisboa tem 564.000 habitantes, Oeiras 162.000 e Espinho 34.000. Assim se dividirmos os empréstimos pela população servida, temos uma taxa de empréstimo face aos habitantes de 19% em Espinho, 14% em Oeiras e 7% em Lisboa.

Classificação verdadeira!

1º - B.M. ESPINHO – 19% Pontos
2º - B.M. OEIRAS – 14% Pontos
3º - B.M. LISBOA – 7% Pontos


Assinado,
O bibliotecário das trevas
Arqui inimigo do anarquista

P.s.: Aceitam-se mais participantes na Super Liga

segunda-feira, maio 14, 2007

Super Liga Betandwin da leitura pública ao rubro


Ilustração: Caroline Church

A poucas jornadas do fim a SUPER LIGA BETANDWIN DA LEITURA PÚBLICA ESTÁ AO RUBRO. O F.C. BLX lá conseguiu, num esforço hercúleo suplementar, manter o primeiro lugar da liga, tem contudo o Oeiras Clube de Portugal "con tranquilidad" cada vez mais próximo e um pequeno deslize pode ser fatal às aspirações do velhinho F.C. – que tem de enfrentar, em simultâneo, a acusação de corrupção em tribunal. Quem não perdeu a esperança de uma reviravolta súbita foi o Sport Espinho e Bibliotecas que necessita de um desaire dos dois opositores directos para poder ser ainda o CAMPEÃO NACIONAL DA LEITURA PÚBLICA 2007.

«DEIXEM-ME SONHAR!...» foram as palavras da «Mister Bibliotecária» Isabel Sousa (Espinho) à reportagem do Anarquista.

SUPER LIGA BETANDWIN DA LEITURA PÚBLICA

1º Bibliotecas Municipais de Lisboa (BLX) - 43114 Empréstimos
2º Bibliotecas Municipais de Oeiras - 23 692 Empréstimos
3º Biblioteca Municipal de Espinho - 6 676 Empréstimos

sexta-feira, maio 11, 2007

Library sex hotline


Foto de Scott Esposito

Os cortes orçamentais previstos para 2007 que obrigaram várias Bibliotecas da Rede de Leitura Pública a apertar o cinto estão a ser resolvidos com «medidas pontuais e inovadoras destinadas à obtenção de meios financeiros para fazer face à crise». É o caso do novo Serviço de Referência “SEXY HOT” Telefónico que irá ser inaugurado em breve por uma biblioteca pública que não quis revelar o nome. «A ideia é permitir ao utilizador que faz a pergunta de referência típica por telefone, do género, “que livros têm sobre o papel da Igreja em Portugal nos séculos XV e XVI?” não se limite a receber uma resposta monótona a reencaminhar para uma série de referências bibliográficas bastante aborrecidas, mas antes um sussurro erótico e tentador com um leve sotaque estrangeiro (da preferência do leitor) que o/a encaminhe particularmente excitado para a documentação pretendida. Prevê-se que com o custo das chamadas a 50 cêntimos, a referida biblioteca receba mais de 1200 pedidos de informação diária por telefone. Por último, fontes fidedignas ligadas ao Ministério da Cultura garantem que esta medida vai proporcionar à biblioteca em causa um ACRÉSCIMO NA RECEITA na ordem dos 240 000 € anuais e à LEITURA PÚBLICA um aumento na ordem dos 854%.

Camaradas!... Isto parece um exercício simples de texto humorístico recorrendo ao método clássico da sobreposição de assuntos, mas tem por base uma notícia verdadeira que podem ler aqui.

A SUPER LIGA BETANDWIN DA LEITURA PÚBLICA SEGUE DENTRO DE MOMENTOS.

Bom fim-de-semana,

terça-feira, maio 08, 2007

Super Liga Betandwin da Leitura Pública

A ideia deste post é iniciar aqui uma Super Liga da Leitura Pública. As regras são de inspiração anárquica e a ideia é ver qual é a biblioteca que empresta mais livros, periódicos e CD ROMS (suportes mais ligados à leitura) ao longo do ano, para apurar a Biblioteca Campeã Nacional da Leitura Pública. Não interessa os orçamentos que dispõem, nem os adeptos ou população que servem. Limitamo-nos “con tranquilidad” a marcar golos (livros, CD ROMs e revistas emprestadas) jornada a jornada, semana após semana e a apurar a classificação no final de cada mês. O empréstimo de CDs e DVDs não conta. São entendidos como golos anulados sem LEITURA de jogo…

Como não tenho amigos limito-me a realizar, por enquanto, esta liga sozinho o que me confere o privilégio de ver as BLX (Bibliotecas Municipais de Lisboa) num confortável 1º LUGAR da Super Liga com um total de 43114 pontos (livros e periódicos e CD ROM) emprestados entre 1 de Janeiro e 30 de Abril de 2007.

OLÉ, OLÉ E QUEM NÃO SALTA É ILETRADO, OLÉ, OLÉ!...

O Presidente da Liga
Major Valentim Livreiro

segunda-feira, maio 07, 2007

Para acabar de vez com a cultura



Ilustração de Andrew Selby

Mais do que promover a CULTURA a missão do bibliotecário público é promover a LEITURA. No âmbito da leitura ociosa (ficção ou literatura) e enquanto bibliotecário tanto me faz que os munícipes que sirvo leiam a obra completa de Dostoyevsky ou os resumos incompletos da telenovela na Revista Maria. O que é importante para mim enquanto responsável pela leitura pública é que LEIAM!... As orientações de leitura são como as orientações sexuais. Cada um sabe de si e eu não tenho nada a ver com isso. De qualquer modo o que me interessa é que leiam pelo simples prazer de ler (leitura lúdica) e que leiam pelo prazer de ler também livros e periódicos do seu universo profissional, pois acredito religiosamente que só assim é possível crescer em termos humanos e profissionais e, consequentemente, salvar o país do seu subdesenvolvimento histérico. Enquanto bibliotecário de leitura pública sou um Keinesiano. Sou intervencionista por natureza e assim não descansarei (minto!... pois descanso muito) enquanto o padeiro da minha comunidade não ler o manual «The ultimate baker», enquanto o sapateiro não ler «Shoemaking: a journal of manufacturers» com a mesma pica com que lê «A Bola»… ou enquanto as meninas da esquina não lerem «How to open a financial succesfully whore house». Esta é a essência da minha profissão e é nisto que acredito.

Até amanhã,

Gestão das colecções nas bibliotecas públicas

Ilustração de Andrew Selby

«O êxito e o impacto de uma biblioteca junto da comunidade que serve ou deveria servir depende essencialmente das colecções que põe à disposição do público.
...
Os critérios básicos da constituição dos fundos bibliográficos são bem conhecidos, embora sempre polémicos. O carácter enciclopédico e a diversidade desses fundos, o pluralismo, visando permitir o acesso aos diferentes pontos de vista e correntes de opinião,os diferentes graus de abordagem dos assuntos são princípios universais que, aliados à constante necessidade de actualização, podem ser decisivos na implantação da biblioteca na comunidade».

In: NUNES, Henrique Barreto – Da biblioteca ao leitor: estudos sobre a leitura pública em Portugal. 2ª ed. Braga: Autores de Braga, 1998. ISBN: 972-8026-23-4

domingo, maio 06, 2007

It's a train? It's a plane?... It's SUPER LIBRARIAN!...


No dia 5 de Maio as Bibliotecas Públicas de New Jersey lançaram o primeiro fascículo, intitulado «O Vírus», da nova e surpreendente super heroína «A SUPER BIBLIOTECÁRIA». Trata-se de uma revista de banda desenhada da autoria de Sharon Scaife (uma teenager inconsciente), Wes Richards (graphic designer), David Lisa e Many Rosca (bibliotecárias igualmente inconscientes), que no fundo não é mais do que uma simples campanha de marketing que tem por fim promover as bibliotecas do Estado de Nova Jersei junto do público adolescente e jovem adulto. A dimensão desta campanha nos EUA foi tal que a SUPER LIBRARIAN foi capa do último Library Journal.

Por falar em banda desenhada aproveitem o próximo fim-de-semana para dar uma escapada a Beja onde está a decorrer um simpático Festival Internacional de Banda Desenhada.

quinta-feira, maio 03, 2007

Hum!... I love the smell of the LIBRARY in the morning

Foto: Mark Shapiro