sábado, outubro 27, 2007
Book Drop é um sistema de devolução de livros emprestados (do género caixa de correio gigante) que algumas bibliotecas em Portugal já têm (e outras têm o Sr. Matos o segurança drop). Veja-se no entanto o que acontece quando a biblioteca fecha durante três dias por causa do tradicional feriado + fim de semana + ponte…
P.s.: acredita-se que ficou um bibliotecário soterrado debaixo dos livros.
Somos cidadãos. Temos direito a livros mal educados nas bibliotecas públicas!
«A aposta em edições invulgares que representam um complemento cultural indispensável e abrem novos horizontes literários e visuais, nomeadamente no campo da arte, globalização, conspirações, humor, ficção, história, música, ilustração...».
Fanzines, edições independentes e imprensa alternativa promovem uma tomada de consciência face a um mundo (editorial também) cada vez mais franchisado, pelo que a oferta documental das bibliotecas públicas, que nos termos do Manifesto da Unesco deve ser de carácter enciclopédico, diversificado, plural e livre de censura, tem a responsabilidade de ser constituída também por estes materiais alternativos. Materiais que saem fora dos circuitos comerciais do livro típico e que não se encontram à venda nas livrarias comuns.
Deliciem-se com algumas capas de livros que podem ser encontrados na Livraria Book&Shop e um bom fim de semana anárquico. Um abraço à Chili que me vai anarco-consciencializando.
Leitura para adolescentes e jovens adultos
Afinal parece que sempre vai havendo qualquer coisinha em Português. É o caso da editora espanhola Mangaline que abriu em 2006 uma filial em Portugal (ou foram dois rapazes cá do sítio que celebraram um protocolo com a editora espanhola) para editar exclusivamente mangá na língua de Camões. Será que veio para ficar?... O que é certo é que apenas ontem vi pela primeira vez (e comprei) os livros desta editora na FNAC, que recomendo vivamente na montra de destaques (e em exemplares múltiplos) das Bibliotecas Públicas Portuguesas.
A comprar:
MONKEY PUNCH – Lupin The III RD, vol 1. Coimbra: Mangaline, 2006. ISBN: 978-972-99917-7-6
MONKEY PUNCH – Lupin The III RD, vol 2. Coimbra: Mangaline, 2006. ISBN: 978-972-99917-7-6
MONKEY PUNCH – Lupin The III RD, vol 1. Coimbra: Mangaline, 2006. ISBN: 978-972-99917-7-6
MONKEY PUNCH – Lupin The III RD, vol 2. Coimbra: Mangaline, 2006. ISBN: 978-972-99917-7-6
Tentar os seguintes contactos:
edicoesmangaline@edicoesmangaline.com
Rua Principal, n. 70 Lajes de Baixo
3040-195 Coimbra
Oferece-se um generoso PRÉMIO À PRIMEIRA BIBLIOTECA DA REDE DE LEITURA PÚBLICA QUE FORME UM CLUBE DE MANGÁ.
edicoesmangaline@edicoesmangaline.com
Rua Principal, n. 70 Lajes de Baixo
3040-195 Coimbra
Oferece-se um generoso PRÉMIO À PRIMEIRA BIBLIOTECA DA REDE DE LEITURA PÚBLICA QUE FORME UM CLUBE DE MANGÁ.
sexta-feira, outubro 26, 2007
Mangá conquista a América!
Já repararam na capa e no tema central da última Wired, a famosa revista de São Francisco sobre cultura –tecnologia—economia—política (bela indexação pré coordenada hã…)?
Exactamente! É dedicada à mangá e à forma como a banda desenhada japonesa está a remodelar a Cultura Pop norte americana. Nos EUA é a loucura, em França, Itália e na Espanha a mangá tomou o mercado de assalto e domina os tops de vendas. Os putos do liceu que não liam absolutamente nada passaram a ser devoradores de livros. E por cá?… Bom, por cá nada. Curiosamente , ainda há dias tive uma conversa informal com o Pedro Silva, editor de banda desenhada de Lisboa, e o mesmo disse-me que editar mangá em Portugal é puro suicídio. Os fans só gostam de comprar edições estrangeiras (são uns armadões!) e as editoras ficam com os depósitos cheios de livros por vender. As bibliotecas e a promoção da leitura (a parte que nos interessa) ficam desgraçadamente a chuchar no dedo.
Ou seja, ao ler a Wired fiquei com a sensação que Portugal é Wierd!
Beijos a todos
Anarquista-SAN
Anarquista-SAN
segunda-feira, outubro 22, 2007
Serviço de aquisições
Escrito e desenhado à cerca e quarenta anos, numa época em que o desenvolvimento económico do Japão era um interesse de dimensão superior às condições vida das pessoas, Tatsumi utiliza a mangá (banda desenhada) para denunciar, de um modo literário, a exclusão através de pequenas histórias pessoais. Histórias, por exemplo, da vida de um varredor de ruas e da sua mãe uma ex prostituta velha e doente, ou de um operário que perde um braço num acidente de trabalho. Crónicas sobre a angústia de um limpador de esgotos, cuja mulher está grávida e desempregada ou a raiva contida de um trabalhador que pendurado num arranha-céus de vidro a limpar a mega estrutura, depara com a sua filha, uma modesta secretária, envolvida com um executivo da empresa. São estes os temas que interessam a este singular autor (e não sagas de samurais, aventuras pós apocalipse ou monstros fofinhos que saem de bolas para combater) e que por esse motivo é também, ele próprio, um excluído dos “heróis” milionários autores de mangá japoneses, que têm no Japão um estatuto idêntico às estrelas pop. É, também pelo mesmo motivo, considerado o pai da mangá alternativa ou independente (por casualidade o seu trabalho começou a ser publicado no Japão, na mesma altura em que o movimento comix underground se expande nos EUA), uma vez que esta mangá não é a das grandes produções ou das grandes editoras comerciais. De referir, por último, que apesar do tema soar a literatura de intervenção, as histórias estão longe de constituir um manifesto comunista ou político de esquerda. Parece-me que o autor é céptico demais para ir por aí, de qualquer forma a maioria dos contos é narrada num tom melancólico mas negativo, por vezes chega mesmo ao horror.
Localização na biblioteca: “secção de adultos” – Área de lazer, obras de ficção.
TATSUMI, Yoshihiro – Abandon the old in Tokio. Montreal: Drawn and Quarterly, 2006. ISBN: 1-894937-87-2
Nota: este “Serviço de Aquisições” não é um aconselhamento à compra por parte das bibliotecas. É apenas um registo dos livros lidos pelo infeliz autor deste blogue. De qualquer modo muitos dos livros podem, de facto, ser adquiridos pelas Bibliotecas Públicas. Lembro-me a propósito que a IFLA e a ALA recomendam algures (não sei bem onde?) a aquisição de bandas desenhadas em línguas estrangeiras como ferramenta de apoio lúdico à aprendizagem de outros idiomas, que é uma competência cada vez mais exigível num mundo globalizado, para além das aquisições obrigatórias nas línguas das comunidades imigrantes, pelo que a este respeito considero que a aquisição de materiais lúdicos em inglês e espanhol fazem todo o sentido, num mundo onde o domínio apenas da língua portuguesa não chega. As bibliotecas que entretanto adquiriram bandas desenhadas noutras línguas poderão fazer acções de marketing junto dos professores locais de inglês, espanhol e francês no sentido de promoverem as colecções nas respectivas salas de aula.
Localização na biblioteca: “secção de adultos” – Área de lazer, obras de ficção.
TATSUMI, Yoshihiro – Abandon the old in Tokio. Montreal: Drawn and Quarterly, 2006. ISBN: 1-894937-87-2
Nota: este “Serviço de Aquisições” não é um aconselhamento à compra por parte das bibliotecas. É apenas um registo dos livros lidos pelo infeliz autor deste blogue. De qualquer modo muitos dos livros podem, de facto, ser adquiridos pelas Bibliotecas Públicas. Lembro-me a propósito que a IFLA e a ALA recomendam algures (não sei bem onde?) a aquisição de bandas desenhadas em línguas estrangeiras como ferramenta de apoio lúdico à aprendizagem de outros idiomas, que é uma competência cada vez mais exigível num mundo globalizado, para além das aquisições obrigatórias nas línguas das comunidades imigrantes, pelo que a este respeito considero que a aquisição de materiais lúdicos em inglês e espanhol fazem todo o sentido, num mundo onde o domínio apenas da língua portuguesa não chega. As bibliotecas que entretanto adquiriram bandas desenhadas noutras línguas poderão fazer acções de marketing junto dos professores locais de inglês, espanhol e francês no sentido de promoverem as colecções nas respectivas salas de aula.
Breaking news!
Ilustração: Nuno Saraiva
Segundo o «New York Times» as bibliotecárias da nova geração são sexy e hipe (que é como quem diz… boazonas e moderninhas). Para dizer a verdade não é nada que não soubesse, mal entrei nas Ciências Documentais em 1997, mas é sempre bom ver a notícia confirmada pelo The New York Times.
Este post é um plágio descarado ao blogue Brotherhood 2.0
Segundo o «New York Times» as bibliotecárias da nova geração são sexy e hipe (que é como quem diz… boazonas e moderninhas). Para dizer a verdade não é nada que não soubesse, mal entrei nas Ciências Documentais em 1997, mas é sempre bom ver a notícia confirmada pelo The New York Times.
Este post é um plágio descarado ao blogue Brotherhood 2.0
quinta-feira, outubro 18, 2007
Ideias parvas para bibliotecas públicas
No passado dia 29 de Setembro a Biblioteca Pública de Nova York convidou Julian Moore e Diana Krall para o lançamento sumptuoso do novo… «Chivas Regal 25».
Chivas Regal 25?... Isso não é um Whisky?... Será um romance desconhecido do Ernest Hemingway ou do Jorge Luis Borges?... Hum?...
Chivas Regal 25?... Isso não é um Whisky?... Será um romance desconhecido do Ernest Hemingway ou do Jorge Luis Borges?... Hum?...
segunda-feira, outubro 15, 2007
Ultras BML… OLÉ, OLÉ!
Segundo os registos oficiais de entradas de pessoas no campeonato nacional de futebol e nos serviços de leitura pública EM LISBOA, temos em:
AGOSTO:
1º Sport Lisboa e Benfica – 52.464
2º BIBLIOTECAS MUNICIPAIS DE LISBOA – 48.837
3º Sporting Clube de Portugal – 34.272
Uma informação: SUPER LIGA BIBLIOTECÁRIO ANARQUISTA 2007/2008
AGOSTO:
1º Sport Lisboa e Benfica – 52.464
2º BIBLIOTECAS MUNICIPAIS DE LISBOA – 48.837
3º Sporting Clube de Portugal – 34.272
Uma informação: SUPER LIGA BIBLIOTECÁRIO ANARQUISTA 2007/2008
Exposição “ZOOLLYWOOD” na Galeria Arqué
Inaugura na próxima quarta feira dia 17 de Outubro entre as 19h e as 23h, na Galeria Arque (Av. Miguel Bombarda,120-A, junto à Gulbienkian), a exposição individual "Zoollywood" de PEDRO ZAMITH (patente até ao dia 10 de Novembro de segunda a sabádo das 12h até 20h), com lançamento do catálogo.
Apareçam! O Pedro Zamith é um ilustrador assombroso (estilo underground) e merece uma sala cheia. É, a meu ver, o desenhador perfeito para ilustrar a Bíblia Sagrada, por exemplo.
A propósito Pedro! Não quereis oferecer à humanidade uma ilustração da Biblioteca Vaticana, para publicar no Bibliotecário Anarquista?
Check it out!
Apareçam! O Pedro Zamith é um ilustrador assombroso (estilo underground) e merece uma sala cheia. É, a meu ver, o desenhador perfeito para ilustrar a Bíblia Sagrada, por exemplo.
A propósito Pedro! Não quereis oferecer à humanidade uma ilustração da Biblioteca Vaticana, para publicar no Bibliotecário Anarquista?
Check it out!
quinta-feira, outubro 11, 2007
Wild, Wild, West
No dia 22 de Outubro, vai realizar-se na Biblioteca Municipal da Lourinhã o 2º Encontro de Bibliotecas do Oeste, que conta com a presença de 12 colegas das referidas bibliotecas e que tem por objectivo unir os profissionais da zona e por acréscimo do país, em torno da causa das Bibliotecas… estão todos convidados.
A actividade é aberta a quem se interessa e trabalha em Bibliotecas.
Mais informações e inscrições contactar:
http://www.cm-lourinha.pt/
ou
segunda-feira, outubro 08, 2007
E que tal as mangás brasileiras?
Foto: No books
Será possível formar grupos de leitura de adolescentes com sucesso, sem haver mangá publicada em Portugal? Esta é a questão que alguns colegas (e.g. Oeiras) já começaram a formular.
Como sabemos, os grupos de leitura não são debates para especialistas. São mecanismos de promoção da leitura cujo principal alvo é: “pessoas com poucos hábitos de leitura” sendo que, por esse motivo, a utilização de livros em língua estrangeira é absolutamente desaconselhável num grupo destes.
Para os adolescentes a mangá tem sido, nas bibliotecas públicas norte americanas e europeias, uma vigorosa ferramenta de promoção da leitura. Contudo ao querermos adaptar a programação das referidas bibliotecas para a nossa realidade deparamo-nos com a inexistência de mangá publicada em Portugal.
Quid biblios?... A minha sugestão vai inevitavelmente para os livros brasileiros. Já que não existe BD japonesa na ditosa pátria vamos buscá-la ao Brasil. Se as mangas são fabulosas, as mangás não podem ficar atrás.
Fiquem com algumas editoras:
http://www.paninicomics.com.br/CollanaNews.jsp
http://www.editorajbc.com.br/
http://www.lojaconrad.com.br/catalogo.asp
Será possível formar grupos de leitura de adolescentes com sucesso, sem haver mangá publicada em Portugal? Esta é a questão que alguns colegas (e.g. Oeiras) já começaram a formular.
Como sabemos, os grupos de leitura não são debates para especialistas. São mecanismos de promoção da leitura cujo principal alvo é: “pessoas com poucos hábitos de leitura” sendo que, por esse motivo, a utilização de livros em língua estrangeira é absolutamente desaconselhável num grupo destes.
Para os adolescentes a mangá tem sido, nas bibliotecas públicas norte americanas e europeias, uma vigorosa ferramenta de promoção da leitura. Contudo ao querermos adaptar a programação das referidas bibliotecas para a nossa realidade deparamo-nos com a inexistência de mangá publicada em Portugal.
Quid biblios?... A minha sugestão vai inevitavelmente para os livros brasileiros. Já que não existe BD japonesa na ditosa pátria vamos buscá-la ao Brasil. Se as mangas são fabulosas, as mangás não podem ficar atrás.
Fiquem com algumas editoras:
http://www.paninicomics.com.br/CollanaNews.jsp
http://www.editorajbc.com.br/
http://www.lojaconrad.com.br/catalogo.asp
terça-feira, outubro 02, 2007
Grupos de “leitura”: mangá e animé
© Naruto / Masashi Kishimoto
A Enoch Pratt Free Library (New Orleans) tem um Clube A.M.G (animé, mangá e graphic novels ou novelas gráficas) que reúne no último sábado de cada mês na sua Biblioteca Central, biblioteca essa que tem este aspectozinho...
Segundo o seu site todos os teenagers estão convidados a participar (não têm de ser membros do clube). Os encontros duram à volta duas horas. Começam pela sessão de anime (ver o filme ou episódio) e depois os “chavalos” lancham uns snacks (que a biblioteca oferece) e falam informalmente sobre o que viram e leram. Parece-me uma ideia simpática para as nossas bibliotecas.
Este tipo de serviços “mixed” que combina grupos de leitura de mangá com sessões de anime (cinema de animação), ou muito me engano ou estão a surgir em força nas bibliotecas públicas norte americanas.
Chek it out!
P.s.: Curioso! Pareceu-me que as bibliotecas norte americanas dão nomes de escritores às suas várias salas (Poe Room) em vez de dar nomes dos escritores às bibliotecas itself como se faz por cá. Tem a vantagem de quando se fala numa biblioteca se saber logo onde fica e de que terra é. É mais “user friendly” na velha tradição americana.
Este tipo de serviços “mixed” que combina grupos de leitura de mangá com sessões de anime (cinema de animação), ou muito me engano ou estão a surgir em força nas bibliotecas públicas norte americanas.
Chek it out!
P.s.: Curioso! Pareceu-me que as bibliotecas norte americanas dão nomes de escritores às suas várias salas (Poe Room) em vez de dar nomes dos escritores às bibliotecas itself como se faz por cá. Tem a vantagem de quando se fala numa biblioteca se saber logo onde fica e de que terra é. É mais “user friendly” na velha tradição americana.