quinta-feira, novembro 30, 2006
segunda-feira, novembro 27, 2006
Banda desenhada e promoção da leitura nas bibliotecas
Na foto Elena Castillo Vidal
Depois de publicada a versão original em @bsysnet, está disponível em português (com dois meses de atraso) o artigo do Jesús Castillo Vidal sobre a utilização da banda desenhada como ferramenta de apoio à literatura infantil e juvenil para a iniciação e promoção da leitura nas bibliotecas. Visitem o site Bdesenhada.com, ao qual deixo apenas uma observação negativa à tradução e ao respectivo tradutor.
Boa leitura
sexta-feira, novembro 24, 2006
Aversão à blogosfera é patologia de herança genética
Ilustração: “Paper head” de Peter Kuper
Cientistas consideram a “aversão às novas tecnologias” uma patologia que se adquire por via genética. O caso do famoso jornalista português Miguel de Sousa Tavares que defendeu recentemente e passamos a citar que «a Internet é perfeitamente inútil» suscitou a curiosidade da comunidade científica internacional. Vários cientistas de Stanford e Berkeley analisaram o caso à lupa e chegaram à conclusão que as posições do referido periodista são causadas pela inexistência do cromossoma MW (responsável pela aquisição de prazer em dominar as novas tecnologias) na família Sousa Tavares há várias gerações. Esta tese é também corroborada por vários historiadores das universidades de Coimbra, Lovaina e Heidelberg que afirmam a existência de relatos da Mogúncia datados de 1455 a indicar que Bensafrim de Souza Thavares terá “partido à paulada a famosa tipografia de Gutemberg” irado com esta inovação tecnológica que «facilita a difusão de informação escrita por gente medíocre e invejosa». Vários egiptólogos de Salamanca, Cambridge e da Sorbone afirmam também que já em 50 a.C. o escriba Amenhotep Deçousa Taafares, tentou incendiar a famosa Biblioteca de Alexandria indignado com a profusão do papiro em detrimento da sólida e resistente tábua de argila, «muito mais indicada para o registo da poesia e de toda a escrita produzida pelas castas superiores», terá alegado Amenhotep às autoridades faraónicas.
Um bom fim de semana,
Cientistas consideram a “aversão às novas tecnologias” uma patologia que se adquire por via genética. O caso do famoso jornalista português Miguel de Sousa Tavares que defendeu recentemente e passamos a citar que «a Internet é perfeitamente inútil» suscitou a curiosidade da comunidade científica internacional. Vários cientistas de Stanford e Berkeley analisaram o caso à lupa e chegaram à conclusão que as posições do referido periodista são causadas pela inexistência do cromossoma MW (responsável pela aquisição de prazer em dominar as novas tecnologias) na família Sousa Tavares há várias gerações. Esta tese é também corroborada por vários historiadores das universidades de Coimbra, Lovaina e Heidelberg que afirmam a existência de relatos da Mogúncia datados de 1455 a indicar que Bensafrim de Souza Thavares terá “partido à paulada a famosa tipografia de Gutemberg” irado com esta inovação tecnológica que «facilita a difusão de informação escrita por gente medíocre e invejosa». Vários egiptólogos de Salamanca, Cambridge e da Sorbone afirmam também que já em 50 a.C. o escriba Amenhotep Deçousa Taafares, tentou incendiar a famosa Biblioteca de Alexandria indignado com a profusão do papiro em detrimento da sólida e resistente tábua de argila, «muito mais indicada para o registo da poesia e de toda a escrita produzida pelas castas superiores», terá alegado Amenhotep às autoridades faraónicas.
Um bom fim de semana,
quinta-feira, novembro 23, 2006
Google em edição impressa
A notícia é fantástica. Depois do google maps e do google book search eis o «next big thing». O Google completo em edição impressa. Se tem uma biblioteca ou um armazém recheado de estantes vazias é bom que considere as vantagens em adquirir esta magnífica obra de referência em 365.792 biliões de volumes de capa dura, noventa vezes maior que o Complete Oxford Dictionary e ficando apenas um pouco aquém do Diário da República Portuguesa III Série, mas com inúmeras vantagens em relação a este, sobretudo quando se faz a tradicional pesquisa «sexy hot». A actualização dos volumes também será absolutamente inovadora, uma vez que o Google tenciona incluir uma letra nova nos alfabetos: latino, cirílico, árabe, sânscrito e mandarim em cada seis meses, de forma a evitar os incómodos apêndices à letra A,B,C, etc. Esta iniciativa é também vista como uma dádiva conjunta de Moisés, Deus, Allah, Shiva e Buda aos 70% da população mundial que ainda não têm acesso à Internet, ou simplesmente como um sistema mais prático para aqueles que não querem ligar o computador só para fazer uma pequena pesquisa.
Adaptação descarada de: http://www.thespeciousreport.com/2004/04040105google.html
quarta-feira, novembro 22, 2006
Read or die
Podia muito bem ser uma tatuagem de um bibliotecário motard, mas não. Trata-se apenas de uma série de animação (light) japonesa. Parece que a história começa quando a British Library (instituição dedicada à promoção da literacia para suprema glória do império britânico) é atacada e destruída por um membro de um grupo terrorista denominado I-Jin. É então que surge em cena Yomiko a protagonista da série, que trabalha na divisão de operações especiais da B.L. e cuja única ambição na vida é coleccionar livros.
Parece-me, por fim, que o slogan podia também ser de alguma utilidade para a promoção da leitura entre os adolescentes e jovens adultos do vale de Chelas.
Parece-me, por fim, que o slogan podia também ser de alguma utilidade para a promoção da leitura entre os adolescentes e jovens adultos do vale de Chelas.
segunda-feira, novembro 20, 2006
Serviço de aquisições
«Lá, em África», é uma banda desenhada que nos remete a um tema algo familiar: a fuga rápida das ex-colónias e o retorno à metrópole, a uma nova vida desenraizada sujeita a todas as memórias e saudades pós traumáticas de um retornado. As saudades do clima, do mar, da gastronomia e sobretudo da vida que se teve e se perdeu irremediavelmente. O livro relata o percurso de Alain (narrado pela própria filha) que teve de deixar subitamente a Argélia (país onde nasceu e sempre viveu), aquando da sua independência. A família já tinha partido para França e Alain ficou para trás à espera do último suspiro da colonialização. Quando fugiu deixou tudo. Os discos, as plantas, a mobília. Deixou a própria chave de casa, num vaso à porta. Mas sobretudo deixou uma vida que nunca mais iria recuperar. Em Paris junta-se então à mulher grávida e à mãe e começa uma nova vida fria, escura e cinzenta como o clima. Uma nova vida à qual nunca se adaptaria, por mais que se esforçasse, restando-lhe apenas o desencanto, a apatia e o amor pela sua filha.
quinta-feira, novembro 16, 2006
Banda desenhada banida nas bibliotecas
Ilustração retirada de: Watchmen / Alan Moore ; Dave Gibbons
De vez em quando o problema surge de novo. Depois de um enorme boom editorial de novelas gráficas (ficção ou literatura em banda desenhada dirigida a um público maduro) no mercado norte-americano, as bibliotecas viraram-se (e muito bem) para esta mina. Passaram a adquirir grandes quantidades de livros de banda desenhada e novelas gráficas. O problema surgiu quando as crianças e os adolescentes apareceram em casa com novelas gráficas a tratar de temas “proibidos” como a homossexualidade. É claro que o poderoso lobby das mãezinhas puritanas voltou a mostrar as suas garras. Levantaram então a velha pergunta: «Está a comunidade interessada em que as bibliotecas gastem dólares pagos com os impostos dos cidadãos em pornografia?». O que é um facto é que mais uma vez está a haver uma enorme confusão com os materiais de banda desenhada nas bibliotecas norte americanas. Grandes obras como «Watchman» ou «Akira» estão na lista de objecções por parte desta seita fundamentalista (porque são demasiado violentas). É claro que o peso da imagem, das ilustrações, é muito forte. Grandes livros de literatura erótica ou pornográfica circulam livremente nas bibliotecas sem grandes problemas. Mas uma boa ilustração ou fotografia levanta sempre problemas e o texto escrito lá vai passando despercebido. Eis a velha máxima: «uma imagem vale por mil palavras», até no que diz respeito à sua própria censura imediata. De qualquer modo se querem a história bem contada acedam ao Herald Tribune de 14 de Novembro.
Quanto à pergunta «Está a comunidade interessada em que as bibliotecas gastem dólares pagos com os impostos dos cidadãos em pornografia?» Dá vontade de responder:
- Não minha senhora! Os impostos que a senhora paga quando compra cházinhos, vão directamente para a aquisição da bíblia. Os impostos que o seu marido e os seus filhos gastam em pornografia, vão para a aquisição de banda desenhada. Está bem assim»?...
De vez em quando o problema surge de novo. Depois de um enorme boom editorial de novelas gráficas (ficção ou literatura em banda desenhada dirigida a um público maduro) no mercado norte-americano, as bibliotecas viraram-se (e muito bem) para esta mina. Passaram a adquirir grandes quantidades de livros de banda desenhada e novelas gráficas. O problema surgiu quando as crianças e os adolescentes apareceram em casa com novelas gráficas a tratar de temas “proibidos” como a homossexualidade. É claro que o poderoso lobby das mãezinhas puritanas voltou a mostrar as suas garras. Levantaram então a velha pergunta: «Está a comunidade interessada em que as bibliotecas gastem dólares pagos com os impostos dos cidadãos em pornografia?». O que é um facto é que mais uma vez está a haver uma enorme confusão com os materiais de banda desenhada nas bibliotecas norte americanas. Grandes obras como «Watchman» ou «Akira» estão na lista de objecções por parte desta seita fundamentalista (porque são demasiado violentas). É claro que o peso da imagem, das ilustrações, é muito forte. Grandes livros de literatura erótica ou pornográfica circulam livremente nas bibliotecas sem grandes problemas. Mas uma boa ilustração ou fotografia levanta sempre problemas e o texto escrito lá vai passando despercebido. Eis a velha máxima: «uma imagem vale por mil palavras», até no que diz respeito à sua própria censura imediata. De qualquer modo se querem a história bem contada acedam ao Herald Tribune de 14 de Novembro.
Quanto à pergunta «Está a comunidade interessada em que as bibliotecas gastem dólares pagos com os impostos dos cidadãos em pornografia?» Dá vontade de responder:
- Não minha senhora! Os impostos que a senhora paga quando compra cházinhos, vão directamente para a aquisição da bíblia. Os impostos que o seu marido e os seus filhos gastam em pornografia, vão para a aquisição de banda desenhada. Está bem assim»?...
Até amanhã,
quarta-feira, novembro 15, 2006
Jantar de Turma CECD 1997/1999
Camaradas! A comissão organizadora de eventos altamente improdutivos e eventualmente chocantes está a desorganizar um faustoso de jantar de verão (estamos sempre actualizados) do pior curso de Ciências Documentais de Sempre! É isso! Do nosso curso de Ciências Documentais de 1997/99 na Faculdade de Letras da Universidade de Lisboa, lembram-se? Aquilo é que foi vida! O Armando a atirar-nos giz à cabeça… a Margarida Pino desesperada a pedir para ir-mos buscar mais água. O Adalberto a ressonar ruidosamente na última fila. «Trabalhos de grupo? Ah, ah, ah…» Aquilo é que foram dias bem passados!... Bom, o jantar em homenagem a nós próprios decorrerá a 22 de Novembro (4ª feira) pelas 20h30 na inconfundível cervejaria Portugália. Não faltem. Se não gostarem o Zorg procederá à devolução do vosso dinheiro.
Um abraço,
Um abraço,
terça-feira, novembro 14, 2006
Barbarians at the gates of the public library
Numa altura em que o «capitalismo consumista pós moderno» reduz ao mínimo as despesas com o sector público, a cultura e a ciência são eventualmente as primeiras a sofrer. As bibliotecas públicas sempre tiveram direito a uma parcela minúscula dos orçamentos do estado e autárquicos e a tendência é para diminuir ainda mais, cada vez que os orçamentos públicos encolhem. A visão que muitos políticos que hoje elegemos, no governo e nas autarquias (e com responsabilidades nos domínios da cultura e ciência) têm em relação às bibliotecas não difere muito do que pensariam o imperador Huang, Gengis Khan, califa Omar, ou Joseph Goebbels perante uma biblioteca. «Um desperdício enorme de dinheiro! Toca a cortar…» que é como quem diz «Toca a queimar tudo!». Resta-nos o consolo dos usos e costumes do século XXI não incluírem mais a nobre arte do empalamento ou o simpático costume chinês de enterrar bibliotecários vivos.
See you,
Livro do dia via Library link of the day
See you,
Livro do dia via Library link of the day
segunda-feira, novembro 13, 2006
Kashibon-ya
Ilustração de Jirô Taniguchi
Segundo os «108 termos essenciais do Japão contemporâneo»: «eram as bibliotecas muito em voga nos anos 50 e 60, que permitiam levar livros para casa. Foram elas as grandes responsáveis pela literacia e o gosto moderno pela literatura de mangá, assim como o grande meio de introdução aos grandes mestres modernos desta arte. Ainda hoje existem, mas o mercado tem outras soluções».
Bibliotecas socialistas
Ao ler o «Library : an unquiet history» fiquei com a agradável impressão que em pleno século XIX algumas bibliotecas norte americanas tinham uma missão ligeiramente marxista, designadamente no que diz respeito à satisfação das necessidades de informação e lazer do proletariado. Deviam, pois, fornecer à classe operária livros que lhes permitissem desenvolver as suas aptidões e técnicas laborais, livros para se distraírem e mantê-los afastados do alcoolismo. Gostei!
Até amanhã camaradas,
sexta-feira, novembro 10, 2006
Serviço de aquisições
Solo é a reunião de uma série de bandas desenhadas do Filipe Abranches inéditas ou “perdidas” em diversas revistas e colectâneas portuguesas e estrangeiras. São narrativas pequenas, “pintadas” a preto e branco que podem ocorrer no Bairro Alto, nas trincheiras da Grande Guerra ou na meseta de La Mancha. O livro esteve também para se intitular «Camaleão», dado que o traço do autor muda surpreendentemente de história para história sem perder pitada do encanto. Não sabendo muito bem como qualificar o trabalho: «pequenas e sombrias metáforas», «meio literário, meio cinematográfico», parece-me sobretudo que o Filipe trata muitíssimo bem os temas históricos e grandes nomes da literatura universal como Kafka ou Cervantes. Confesso que só sinto pena de não ver o Filipe a fazer mais BD. Como eu gostaria que ele não parasse de fazer histórias. De pintar vinhetas anárquicas ou sequenciais até à exaustão. De ler um «1755», por exemplo… De possuir um poder autoritário, paternal e lhe ordenasse: VAI FAZER BD IMEDIATAMENTE, ou não comes a sobremesa!...
Um abraço,
Um abraço,
quarta-feira, novembro 08, 2006
Grandes bibliotecários
Herman Kruk, 1896-1943. Responsável pela grande Biblioteca Grosser de Varsóvia até 1939, refugiou-se em Vilnius, na altura ocupada pelos soviéticos, para escapar à ocupação nazi na Polónia. Em 1941, quando os alemães invadiram por fim a Lituânia, tentou ainda escapar, sem sucesso, para a União Soviética. Após várias tentativas infrutíferas de fuga, Kruk decidiu então permanecer no Gueto de Vilna e aí dedicar-se à reconstrução da nova biblioteca judaica. Nessa biblioteca trabalhou constantemente enquanto não foi deportado. Renovou as salas, recebeu inúmeros livros (que chegavam diariamente em grandes quantidades provenientes das casas vazias à medida que a população do gueto ia sendo deportada), catalogou a colecção. Recatalogou a colecção depois dos nazis terem confiscado e destruído o catálogo. Desempenhou um trabalho infatigável, apesar da raiva e do desespero constante. Assistiu à queda demográfica do gueto de 70.000 para 50.000 e 20.000 pessoas. Durante todo esse tempo (1941 a 1943) cerca de 25% do gueto utilizou os serviços da biblioteca que se resumiam ao empréstimo de livros e consulta do catálogo. Nos seus relatórios revelou ainda que os leitores requisitavam sobretudo livros sobre guerra, massacres étnicos (e.g. o holocausto arménio) e também livros infantis. Segundo Kruk o horror era tão grande que a “evasão” através dos livros tinha de ser feita com obras que revelassem horrores idênticos ou piores aos que estavam a viver. Em Setembro de 1943, pouco antes da liquidação final do gueto, Kruk foi deportado para o campo de concentração de Kruga, na Estónia onde morreu.
O seu diário serviu de base para o livro «The last days of Jerusalem of Lithuania».
terça-feira, novembro 07, 2006
A loja das ideias
Graças ao comentário do Miguel ouvi falar pela primeira vez (a minha ignorância não tem limites) em «Idea Stores» e fui imediatamente pesquisar na net. Parece que são uma espécie de bibliotecas públicas, mas com uma oferta de bens e serviços bastante mais ampla. Surgiram em Londres em 1999 e combinam os serviços típicos das bibliotecas públicas (oferta ilimitada de livros, CDs e DVDs, bem como o acesso a múltiplos recursos da informação desde serviços de referência, catálogos online ao acesso a bases de dados científicas com direito ao full text num ambiente de grande conforto) com serviços formativos de excelência ao longo da vida em cursos diários em horário pós laboral e ao fim de semana. Oferecem, pois, formação em mais de 900 (novecentos) cursos distintos para adultos e vão desde cursos úteis e práticos para as várias profissões (hotelaria, restauração, línguas, têxteis, design, tecnologias da informação, atendimento ao público, etc.), passando por cursos utilitários para casa (e.g. culinária, childcare, etc.) até a cursos mais artísticos (dança, música, artes criativas, etc.).
segunda-feira, novembro 06, 2006
Serviço de aquisições
Primeiro livro de uma trilogia. Foi vencedor do prémio “Melhor álbum” de 2004 em Angoulême, conta-nos a história de um jovem fotógrafo de imprensa que desiste do emprego, foge para o campo e aproveita para repensar o futuro. Uma narrativa contada alternadamente em tom de comédia e em tom melancólico sobre o início da idade adulta, as opções que se fazem, o amor, as relações, a família e o passado.
LARCENET, Manu – Le combat ordinaire. [Paris] : Dargaud, 2003. ISBN: 2-205-05425-2
quinta-feira, novembro 02, 2006
Bibliotecas públicas em vias de extinção
Ilustração de Manu Larcenet
Em Inglaterra…
Segundo o Times online as bibliotecas públicas são um serviço cada vez menos necessário na Grã-Bretanha. O aristocrático tablóide chega mesmo a comparar as bibliotecas públicas aos banhos vitorianos, afirmando que tal como os primeiros fecharam as suas portas quando deixaram de ser necessários, nomeadamente quando as victorian ladies passaram a ter melhores condições para tomar banho em casa, também os segundos irão fechar em breve as suas portas. Assim, parece que os britânicos têm cada vez mais acesso a todo o tipo de informação, que a biblioteca tipicamente fornecia, sem precisar de sair de casa (livros, CDs, DVS, Internet), razão pela qual a frequência das bibliotecas e a taxa de empréstimos têm vindo a decair todos os anos. A esta razão eu acrescentaria ainda a institucionalização do EMPRÉSTIMO PAGO na Grã-Bretanha (coisa que o Times esqueceu) como motivo adicional.
Em Portugal…
De qualquer forma isto não me preocupa muito, pois duvido que em Portugal a grande maioria das pessoas tenha acesso a mais informação (livros, CDs, DVDs, Internet) em casa do que nas bibliotecas. Na verdade estamos demasiado ocupados a pagar a dívida das nossas casas ao banco. Sobra-nos, pois, pouco tempo para mandar vir recursos informativos e culturais via Internet. E por outro lado também me parece que as boas bibliotecas ainda vão oferecendo melhores condições de conforto (sofás, mesas, iluminação, luz, temperatura ambiente) do que as nossas casinhas frias, húmidas e por mobilar.
É caso para dizer, e em nome do sacro-santo vínculo laboral: «HURRA!... Ainda bem que somos sub desenvolvidos».
Em Inglaterra…
Segundo o Times online as bibliotecas públicas são um serviço cada vez menos necessário na Grã-Bretanha. O aristocrático tablóide chega mesmo a comparar as bibliotecas públicas aos banhos vitorianos, afirmando que tal como os primeiros fecharam as suas portas quando deixaram de ser necessários, nomeadamente quando as victorian ladies passaram a ter melhores condições para tomar banho em casa, também os segundos irão fechar em breve as suas portas. Assim, parece que os britânicos têm cada vez mais acesso a todo o tipo de informação, que a biblioteca tipicamente fornecia, sem precisar de sair de casa (livros, CDs, DVS, Internet), razão pela qual a frequência das bibliotecas e a taxa de empréstimos têm vindo a decair todos os anos. A esta razão eu acrescentaria ainda a institucionalização do EMPRÉSTIMO PAGO na Grã-Bretanha (coisa que o Times esqueceu) como motivo adicional.
Em Portugal…
De qualquer forma isto não me preocupa muito, pois duvido que em Portugal a grande maioria das pessoas tenha acesso a mais informação (livros, CDs, DVDs, Internet) em casa do que nas bibliotecas. Na verdade estamos demasiado ocupados a pagar a dívida das nossas casas ao banco. Sobra-nos, pois, pouco tempo para mandar vir recursos informativos e culturais via Internet. E por outro lado também me parece que as boas bibliotecas ainda vão oferecendo melhores condições de conforto (sofás, mesas, iluminação, luz, temperatura ambiente) do que as nossas casinhas frias, húmidas e por mobilar.
É caso para dizer, e em nome do sacro-santo vínculo laboral: «HURRA!... Ainda bem que somos sub desenvolvidos».
Alias, pensando melhor, creio mesmo que os banhos vitorianos possam constituir ainda uma excelente oportunidade de negócio em Portugal, tendo em conta a quantidade de pessoas a quem os Serviços de Água e Saneamento já cortaram o respectivo fornecimento…